segunda-feira, 7 de abril de 2014

Meio Ambiente e Recursos Naturais – Palestra nº 1

Tema: Cobertura Vegetal da Bacia Hidrográfica do Rio Paranaíba e o 
Produtor de Água

Palestrante: José Antônio Dias – 
Coordenador Técnico de Proteção à Biodiversidade – IEF/MG

José Antônio Dias
(
Coordenador Técnico de Proteção à Biodiversidade – IEF/MG) 


 No dia 03/04/14, de 08:00 às 09:30, o Engenheiro José Antônio Dias (Coordenador Técnico de Proteção à Biodiversidade – IEF/MG) compareceu à Escola Estadual “Abílio Caixeta de Queiroz” e ministrou uma palestra com o tema “Cobertura Vegetal da Bacia Hidrográfica do Rio Paranaíba e o Produtor de Água” para a turma do 1º Ano/03 desta Escola. Esta turma está recebendo formação específica através da Disciplina “Meio Ambiente e Recursos Naturais”, a qual faz parte do Programa Reinventando o Ensino Médio, o qual contempla as áreas de empregabilidade. Ainda, o tema dessa palestra é parte integrante do currículo e visa propiciar aos alunos estabelecer relação entre a teoria e o cotidiano do mercado de trabalho e a formação de uma consciência crítica.





     O palestrante, além de falar que a vegetação da bacia supracitada pertence ao bioma do Cerrado e que apresenta alguns encraves de Mata Atlântica, mostrou tabelas, gráficos e figuras que indicavam a variedade de tipologias vegetais naturais (Savanas – Cerradão, Cerrado Estrito Senso, Campo –; Florestas – Decidual e Semidecidual; Florestas Ombrófilas – Densa e Aberta) e introduzidas pelo homem (Reflorestamentos – Eucalipto e Pinus) existentes na mesma.

  No desenvolvimento do tema, ele discorreu sobre a evolução das áreas com cobertura vegetal e os desmatamentos nas últimas décadas. Nesse aspecto, destacou a importância das Matas Ciliares para a prevenção e manutenção da qualidade e quantidade de água disponível para atender às demandas da população, dos setores produtivos da economia, bem como à preservação do equilíbrio ecológico. Nesse viés, o Engenheiro José Antônio reforçou a relação entre a prática de revegetação e manutenção das Áreas de Preservação Permanente (margens de cursos d’água naturais, em torno dos lagos e lagoas e nascentes, encostas íngremes, bordas dos tabuleiros ou chapadas, terrenos com inclinação média maior que 25º, áreas de altitude superior a 1.800 metros, veredas e reservatórios destinados à geração de energia elétrica ou ao abastecimento público) e de Reserva Legal e a legislação Federal (Lei Federal nº. 12.651/2012 – Novo Código Florestal Federal, Lei Federal nº. 9.985/2000 – Institui o Sistema Nacional de Unidades de Conservação) e Estadual (Lei nº. 20.922/2013 – Novo Código Florestal de Minas Gerais). Ele pontuou que, de um lado o nível de conscientização da sociedade sobre o tema é crescente, mas, lado outro a aplicação da lei ainda é mais eficiente para a proteção do meio ambiente natural. Por isso, há que se estimular aos jovens, bem como a população adulta, a refletir de forma sistêmica e sistemática sobre a questão, pois, tanto as demandas práticas quanto as normativas tem como objetivo preservar o estado de equilíbrio ambiental e vida humana na Terra, os quais estão intimamente conectados.

     No tocante às intervenções humanas negativas estão os desmatamentos e impermeabilizações do solo e suas modificações de uso urbano (loteamentos, implantação de indústrias e comércios), os quais, a curto e médio prazo, podem interferir de forma significativa no próprio abastecimento urbano de água, por reduzirem as áreas de recarga dos mananciais e carrearem sedimentos para os cursos d’água. Como contraponto dessas intervenções negativas no meio ambiente, está o modelo estruturador aplicado no município de Extrema/MG (sul de Minas Gerais), que, além de ser educativo e uma intervenção positiva para o equilíbrio citado, ataca de frente uma questão socioeconômica que é a manutenção do homem no campo, através do pagamento por serviços ambientais relevantes para toda a sociedade. Nessa linha de trabalho, o IEF-MG REGIONAL ALTO PARANAÍBA – PATOS DE MINAS / MG desenvolveu alguns trabalhos de distribuição de mudas e orientação para plantio e proteção de nascentes, além de também contribuir com o cercamento dessas nascentes. Ação essa que contribui de forma efetiva no gerenciamento do recurso natural água, que conforme a Constituição do Brasil de 1988 é um bem de domínio público, sob a Tutela do Estado, e, por isso mesmo cabendo a todos preservá-lo.



      Ao final, o Engenheiro José Antônio Dias – IEF/MG incitou os alunos a se debruçarem sobre a formação de um pensamento crítico sobre seus cotidianos educacional, econômico e político e a relação com a questão ambiental.


Prof. Lourivaldo Lemos da Silva
Mestre em Saneamento, Meio Ambiente e Recursos Hídricos – DESA/UFMG
Professor da Disciplina Meio Ambiente e Recursos Naturais
E. E. Abílio Caixeta de Queiroz

2 comentários:

  1. Professor Lourival!

    "Se seus esforços não forem vistos com bons olhos, não desanime pois até mesmo o sol ao nascer, dá um espetáculo maravilhoso e encontra a grande maioria da platéia dormindo"

    Você é nota 1000!!!

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  2. Este blog está ativo???

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