Os Gêneros Textuais
são unidades triádicas relativamente estáveis, passíveis de serem divididas
para fim de análise em unidade composicional, unidade temática
e estilo, disponíveis num inventário de textos (arquitexto ou
intertexto), criado historicamente pela prática social, com ocorrência nos mais
variados ambientes discursivos, que os usuários de uma língua natural atualizam
quando participam de uma atividade de linguagem, de acordo com o efeito de
sentido que querem provocar nos seus interlocutores. (Marcuschi e Bronckart ).
P ara uma melhor compreensão sobre o referido assunto foi
proposto aos alunos do 8º ano 4, atividades a partir do conto “ A velha
contrabandista” de Stanislaw Ponte Preta. Cada grupo escreveu a história
narrada com outra estrutura; ou melhor; outro gênero textual. Veja a seguir:
Texto original:
A velhinha contrabandista
Um dia, quando ela vinha na lambreta com o saco atrás, o fiscal da alfândega mandou ela parar. A velhinha parou e então o fiscal perguntou assim pra ela:
- Escuta aqui, vovozinha, a senhora passa por aqui todo dia, com esse saco aí atrás. Que diabo a senhora leva nesse saco?
A velhinha sorriu com os poucos dentes que lhe restavam e mais os outros, que ela adquirira no odontólogo, e respondeu:
- É areia!
Aí quem sorriu foi o fiscal. Achou que não era areia nenhuma e mandou a velhinha saltar da lambreta para examinar o saco. A velhinha saltou, o fiscal esvaziou o saco e dentro só tinha areia. Muito encabulado, ordenou à velhinha fosse
Mas o fiscal ficou desconfiado ainda. Talvez a velhinha passasse um dia com areia e no outro com moamba, dentro daquele maldito saco. No dia seguinte, quando ela passou na lambreta com o saco atrás, o fiscal mandou parar outra vez. Perguntou o que é que ela levava no saco e ela respondeu que era areia, uai! O fiscal examinou e era mesmo. Durante um mês seguido o fiscal interceptou a velhinha e, todas as vezes, o que ela levava no saco era areia.
Diz que foi aí que o fiscal se chateou:
- Olha, vovozinha, eu sou fiscal de alfândega com quarenta anos de serviço. Manjo essa coisa de contrabando pra burro. Ninguém me tira da cabeça que a senhora é contrabandista.
- Mas no saco só tem areia! - insistiu a velhinha. E já ia tocar a lambreta, quando o fiscal propôs:
- Eu prometo à senhora que deixo a senhora passar. Não dou parte, não apreendo, não conto nada a ninguém, mas a senhora vai me dizer: qual é o contrabando que a senhora está passando por aqui todos os dias?
- O senhor promete que não "espáia"? - quis saber a velhinha.
- Juro - respondeu o fiscal.
- É lambreta.
Sérgio
Porto - Stanislaw Ponte Preta
Professora Marisa Braga
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