O
segredo das redações nota mil do Enem é seguir esses 5 critérios usados na
avaliação. Entenda cada um deles
A correção das redações do Enem é
feita com um modelo padronizado de critérios. Ou seja, tirar a nota máxima não
é sorte, é capacidade de fazer um texto que se enquadre no que
é pedido. Lembre-se que um bom texto é aquele que cumpre a sua
função, e no momento, a ideia é que ele se encaixe nessas 5 competências,
disponíveis no Manual de Redação do Enem:
Competência 1
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Demonstrar
domínio da modalidade escrita formal da Língua Portuguesa
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Competência 2
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Compreender
a proposta de redação e aplicar conceitos das várias áreas de conhecimento
para desenvolver o tema, dentro dos limites estruturais do texto
dissertativo-argumentativo em prosa
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Competência 3
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Selecionar,
relacionar, organizar e interpretar informações, fatos, opiniões e argumentos
em defesa de um ponto de vista
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Competência 4
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Demonstrar
conhecimento dos mecanismos linguísticos necessários para a construção da
argumentação
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Cada um desses critérios é avaliado de 0 a 200 pontos, em 6 níveis
diferentes de adequação. Ou seja, o aluno pode tirar 200, 160, 120, 80, 40 ou 0
pontos. Cada um desses níveis tem características pré-definidas para evitar que
as opiniões pessoais do examinador interfiram na nota do estudante.
Para que você entenda exatamente o que cada
uma dessas categorias significa, a Universia Brasil, em
parceria com o professor Eduardo Calbucci do Anglo Vestibulares,
explica detalhadamente o que o Enem espera do candidato do Enem. Veja:
1. DOMÍNIO DA NORMA CULTA
Na redação do Enem é pedido que
o aluno escreva na norma culta. Isso significa
que deve ser usada a linguagem ensinada nas escolas e presentes em provas,
documentos e trabalhos escolares. Isso não significa que você tem que usar
palavras que não conhece, usar mesóclise ou forçar uma escrita “difícil”. Só
não use expressões casuais ou gírias e tome cuidado com erros de português. Use
o máximo das suas capacidades com a língua, mas não precisa exagerar.
2. FAZER O QUE FOI PEDIDO
Essa competência avalia a competência
de leitura do estudante. Para se dar bem nela, leia com atenção
a proposta do texto e a obedeça à risca. Se a proposta foi escrever uma
dissertação argumentativa sobre “Intolerância Religiosa”, não vale contar uma
história sobre como a sua tia espírita tem uma amiga católica e elas se dão
muito bem. Você deve reunir argumentos, de forma abstrata e geral, sobre o tema
e defender uma solução para o problema.
3. SELEÇÃO DE IDEIAS
Essa competência avalia as
ideias que você escolhe e como elas são apresentadas. Isso
inclui o julgamento da veracidade dos seus argumentos e da qualidade da sua
linha de pensamento. Idealmente, cada parágrafo apresenta uma nova ideia, que
naturalmente leva à conclusão presente no último parágrafo e são todas baseadas
no mundo real. Isso é o necessário para tirar 200 nessa competência.
4. DISSERTAÇÃO
Essa é a única categoria
diretamente ligada ao texto argumentativo-dissertativo.
Nela, o objetivo é avaliar se o aluno sabe desenvolver essa modalidade de
texto. Aqui também é avaliada a capacidade do estudante de articular bem as
suas ideias e de fazer um argumento convincente.
5. PROPOSTA DE INTERVENÇÃO
Isso mesmo, uma boa
proposta de intervenção já vale 200 pontos na nota da sua
redação. Por isso, vale a pena investir o tempo necessário para garantir que
ela seja boa. Tenha em mente que ninguém espera que com tempo limitado e 30
linhas, você resolva todos os problemas do mundo. A ideia da proposta de
intervenção é sugerir um caminho. O professor Calbucci afirma que o melhor é
focar em detalhar os meios como essa solução é possível, quais são os atores
necessários (de preferência vários) e que essa solução seja realista.
Sempre vale lembrar que desrespeitar os
direitos humanos na sua proposta de intervenção pode zerar a sua redação
inteira, então evite soluções que envolvem violência ou qualquer tipo de
desrespeito à vida.
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Fonte: Universia Brasil
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